FIFA obriga europeus a levarem suas estrelas para o Mundial de Clubes

 

A FIFA impôs uma regra obrigando os clubes a escalarem suas melhores equipes no Super Mundial de Clubes de 2025, sob a ameaça de sanções disciplinares. Gonçalo Almeida, juiz da Câmara de Agentes do Tribunal de Futebol da FIFA, afirmou que, embora a avaliação do time seja subjetiva, se for evidente que um clube não utiliza seu melhor elenco, um processo disciplinar será aberto. Contudo, a FIFA não intervirá em decisões técnicas pontuais, como a escolha de jogadores em determinadas posições.

Almeida também criticou clubes que buscam grandes contrapartidas financeiras pela participação, mas não utilizam seus principais jogadores, que são os responsáveis pela visibilidade do torneio.

Entretanto, Jerry Silva, advogado e juiz da Corte Arbitral do Esporte (CAS), considera essa exigência um "abuso" da FIFA. Ele questiona os critérios que determinam quem são os "principais jogadores" e aponta que a FIFA está mais preocupada com os aspectos financeiros do que com o futebol. Silva acredita que essa imposição viola a liberdade de trabalho dos treinadores e que, caso seja analisada pelo CAS, a exigência da FIFA poderá ser anulada.

O Mundial de Clubes da FIFA passará a ser disputado a cada quatro anos a partir de 2025, com a primeira edição acontecendo nos Estados Unidos entre junho e julho. A mudança gerou críticas de técnicos, jogadores, sindicatos e federações, especialmente da UEFA, que alegam que o calendário já está sobrecarregado.

Além das críticas europeias, a FIFA enfrenta outros problemas relacionados ao novo torneio, como direitos de transmissão pendentes e escolhas controversas. A vaga do time anfitrião foi dada ao Inter Miami em outubro, antes mesmo da equipe de Messi disputar os playoffs da MLS. Também houve questionamentos sobre a participação de clubes que, embora controlados por acionistas do mesmo grupo, foram autorizados a disputar o torneio, como os clubes mexicanos León e Pachuca.

Essas decisões controversas, incluindo a escolha do Inter Miami e a liberação dos clubes mexicanos, geraram insatisfação, com clubes como o Alajuelense, da Costa Rica, apresentando reclamações formais à FIFA.